Já é comum na Costa Leste Gaúcha ouvir que a temporada foi “fraca” causando um “efeito dominó” de discurso generalizado derrotista. Em algumas espécies de animais, basta um grito de alarme de perigo para que todos se coloquem em estado de alerta, não sendo muito diferente para os humanos, situação que também se aplica neste caso, salvadas as dimensões.
Sendo o turismo uma atividade do lazer, este pressupõem uma ruptura de espaço temporal em relação ao trabalho, ou seja, ou se trabalha ou tira-se férias. Então a causa natural da sazonalidade é o pouco tempo para o ócio. Surgem então os reclamões do estado econômico de sua atividade culpando Deus e o mundo pelo seu infortúnio de baixa demanda.
O turismo depende do tempo “livre” de quem o usufrui, em especial da classe trabalhadora que em alguma época do ano tira férias. Mas tem muitos outros grupos sociais que não dependem do interstício laboral para buscarem lazer. Pensar em turismo não é ficar esperando, é pensar em em desenvolver outros tipos de turismo se não o da porta aberta esperando clientes uma vez por ano.
Fazer coisas diferentes geram resultados diferentes, se reclamar gera resultados coletivos vamos pensar diferente e fazer diferente. Gerar turismo é ter foco em diversas áreas do setor, buscar alternativas sempre será a solução para os reclamões de plantão.