Embratur coordena ações conjuntas para ampliar promoção da América do Sul no continente asiático
Se no esporte a rivalidade entre Brasil e Argentina torna-se cada dia mais acirrada, no turismo o movimento é oposto. Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, os países ampliam parcerias para atrair mercados distantes do continente sul-americano, como a China. Nesta sexta-feira (19), os ministros do Turismo de Brasil e Argentina, Alberto Alves e Gustavo Santos, e o presidente da Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo), Vinicius Lummertz, se reuniram para elaborar plano de trabalho conjunto. Um memorando de entendimentos foi assinado pelos dois governos.
“Estamos aqui no ambiente olímpico, mas já trabalhando para o futuro, ampliando as condições de turismo entre os dois países e buscando um trabalho conjunto nos mercados longe daqui, como a China”, explicou o presidente da Embratur. A China emitiu 130 milhões de turistas para o mundo, em 2015, sendo que essa quantidade de turistas internacionais pode chegar a 240 milhões nos próximos cinco anos. No entanto, a América do Sul está longe das primeiras opções de viagem desses asiáticos.
O ministro Gustavo Santos informou que o País já está tomando uma decisão unilateral que também pode favorecer o Brasil. A partir de setembro, a Argentina vai facilitar a entrada de chineses que já têm vistos norte-americano e europeus, que são dois pontos importantes de conexão da China com Argentina. “Agora, temos que gerar as condições para que todo chinês que entre na Argentina entre também no Brasil e vice-versa”, afirmou.
Santos disse ainda que o País estuda com os chineses medidas para reduzir o desequilíbrio da balança comercial através do turismo. Uma dessas iniciativas seria compensar déficits comerciais entre os países por meio da entrada de turistas para, assim, movimentar a economia e gerar emprego. Na avaliação do presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, o incentivo do turismo para o equilíbrio da balança comercial é um tema importante para o Brasil.
Um grupo de trabalho fará um diagnóstico e planejamento das ações necessárias para beneficiar a entrada de turistas chineses nos dois países, explicou o ministro brasileiro Alberto Alves. Segundo ele, além do Ministério do Turismo e da Embratur, o Ministério de Relações Exteriores deve participar desta comissão. “A comissão vai estudar essa reciprocidade turística. Vamos selecionar os temas para uma ação focada”, completou Alves.
A proposta da Embratur é usar a data da reunião do G-20, em Pequim, prevista para meados de setembro, como um marco para a história da promoção turística para os dois países. Um encontro com o trade turístico daquele Pais está sendo negociado na agenda paralela das autoridades.
